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Política

Senado aprova intervenção federal no DF

Ricardo Cappello terá o controle da segurança pública do DF até 31/01
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Lucas Pordeus Leon - Repórter da Rádio Nacional
10/01/2023 - 15:52
Brasília
Janelas danificadas no Palácio do Planalto após atos terroristas no ultimo domingo
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Com votos contrários de oito senadores, o Senado aprovou, nesta terça-feira, o decreto de intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez um duro discurso contra a tentativa de golpe de Estado praticada por grupos bolsonaristas. Segundo Pacheco, não se trata apenas de um excesso de uma manifestação, pois o que diferencia o quebra-quebra de domingo de outros casos, é o que motiva esses grupos.

Pacheco prometeu ainda identificar e punir, de acordo com a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, cada um dos responsáveis pela tentativa de golpe, além de organizadores e financiadores desse movimento, buscando ainda o ressarcimento pelos danos causados aos cofres públicos.

Ao defender a intervenção na segurança de Brasília, o relator da matéria, senador Davi Alcolumbre, do União do Amapá, justificou que a medida é dura, mas necessária.

Dos 70 senadores presentes na sessão, oito registraram voto contrário ao decreto de intervenção no DF. Desses, quatro são do PL. São eles: Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Zequinha Marinho e Carlos Viana. Dois são do Podemos, Styvenson Valetim e Eduardo Girão, além de Plínio Valério, do PSD do Amazonas, e Luis Carlos Heinze, do PP gaúcho.

Segundo o senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, a intervenção não é necessária.

Com a aprovação da Câmara e do Senado, o Congresso Nacional ratifica o decreto assinado pelo presidente Lula no último domingo. Com isso, o interventor indicado pelo presidente da república, Ricardo Cappello, terá o controle de todos os órgãos e entidades da segurança pública no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.

 

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