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Política

"Teve muita gente conivente", diz Lula sobre atos golpistas

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Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional
12/01/2023 - 18:59
Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja da Silva, durante café da manhã com jornalistas setoristas, no Palácio do Planalto.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Convencido de que houve facilitação para os criminosos que depredaram os palácios dos poderes, no último domingo, o Presidente Lula disse que as autoridades serão mais duras, cautelosas e prudentes, daqui em diante.

A declaração foi dada nesta quinta-feira, durante um café da manhã com profissionais da imprensa, no Palácio do Planalto. Por diversos momentos do encontro, o presidente mencionou os atentados criminosos.

Lula também voltou a mencionar o decreto de intervenção federal na segurança pública do DF, que ele assinou no domingo. E disse que, mesmo havendo a possibilidade de acionar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), optou pela intervenção federal, para não abrir mão da própria responsabilidade.

Perguntado sobre as críticas em torno do ministro da Defesa, José Múcio, se fica ou não no governo, após os episódios, Lula foi objetivo.

O presidente ainda disse que o desmonte dos acampamentos golpistas em Brasília demorou e que as Forças Armadas não atuaram contra isso. Agora, com o decreto de intervenção federal, Lula disse que o governo vai ser mais duro. Segundo ele, a lei vai proteger a democracia de “quem vacilar e brincar” com ela. Por outro lado, o presidente Lula destacou que é preciso estar precavido, mas não assustado ou em pânico com as ameaças dos bolsonaristas radicais.

O presidente Lula assumiu também o compromisso de manter o diálogo com os governadores e fazer o melhor governo que já fez, tirando, “mais uma vez”, a fome do país. Também criticou quem chama de “gasto” o investimento nos mais pobres e na melhoria da qualidade de vida da população. Lula disse que uma das prioridades do governo é arrumar o cadastro único, o CADÚNICO, para que os benefícios cheguem a quem realmente precisa.

Também estiveram presentes no café da manhã a primeira-dama, Janja da Silva, e o ministro da Secretaria de Comunicação da presidência, Paulo Pimenta. Responsável pela comunicação do Planalto, Pimenta lembrou os 16 jornalistas agredidos no último domingo, segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF. Também voltou a mencionar, aos presentes, a iniciativa de destacar um delegado da Polícia Federal para ficar responsável, exclusivamente, pelos inquéritos envolvendo as agressões contra esses profissionais, para garantir a liberdade de imprensa.

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