União do povo e combate à desigualdade são focos do discurso de Lula
Depois de subir a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília, e receber a faixa presidencial de cidadãos que representam a diversidade do povo brasileiro, como o cacique indígena Raoni e Aline Sousa, catadora de materiais recicláveis do Distrito Federal, o presidente Lula discursou para milhares de pessoas que estavam na Esplanada dos Ministérios.
Lula destacou a necessidade de combater a desigualdade social do Brasil, e se emocionou ao falar dos 33 milhões de brasileiros que passam fome atualmente no país.
O presidente do Brasil afirmou que é inaceitável que o país conviva com qualquer forma de discriminação, motivo que o levou a criar ministérios como o da Igualdade Racial. Segundo Lula, o objetivo é enterrar o passado escravagista e o racismo no Brasil. O Ministério dos Povos Originários e o legado indígena também foi lembrado.
Lula também fez um balanço dos seus governos anteriores e enumerou problemas encontrados pela equipe de transição no governo Bolsonaro.
A união do país também deu o tom do discurso do ex-metalúrgico. Ele começou pedindo que laços sejam reatados e disse que vai governar para todos os brasileiros.
Lula encerrou sua fala pedindo que os brasileiros estejam sempre prontos "a reagir em paz a quaisquer ataques extremistas que queiram destruir a democracia", e propôs um mutirão de todos os setores da sociedade contra a desigualdade e pela prosperidade do país.
A primeira-dama Janja Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e sua esposa, Lu Alckmin, acompanharam Lula durante o discurso para o público na Esplanada e seguiram para o interior do Palácio do Planalto para receber os cumprimentos de autoridades e chefes de Estado presentes e, posteriormente, dar posse aos ministros e ministras do governo.