Em discurso para os ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, evento que ocorre em Bangalore, na Índia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre a volta do Brasil nas discussões internacionais após o país ter herdado um cenário diplomático problemático.
O ministro reforçou a questão dos desafios mundiais em tempos de crise, pós pandemia, guerra e desigualdades. Ele também destacou a importância para formar parcerias e concentrar recursos, por exemplo, na área do clima, da alimentação e da pobreza e pediu apoio para os países em desenvolvimento, financiamento de longo prazo e taxa de juros adequadas, por exemplo, mostrando preocupação com os níveis de endividamento das nações mais pobres. Ele foi bem claro: a elevação dos juros em meio à fragilidade da economia mundial agrava o cenário.
Haddad ainda cobrou dos países desenvolvidos o cumprimento do Acordo de Paris, com relação ao clima, e do que foi tratado nas Cúpulas de Glasgow e do Egito, lembrando que entre as metas brasileiras está a questão do desmatamento zero até 2030.
E ainda fez um pedido: mais do que diálogo, é preciso ações com resultados concretos. Para hoje, ele tem uma série de reuniões com ministros de outros países, como Argentina, África do Sul e Espanha e com Paolo Gentiloni, da Comissão Europeia. Antes, porém, Haddad teve um almoço reservado com o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto.