O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados realizou a primeira sessão do ano nesta terça-feira (30) e abriu sete processos disciplinares. Entre os deputados alvos das representações, está o mais votado do país, Nicolas Ferreira (PL-MG), acusado de discurso discriminatório contra pessoas trans por ter questionado a legitimidade desse grupo da população.
Há ainda uma representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar foi acusado de ameaçar um colega em uma sessão da Câmara.
Outros processos abertos foram contra as deputadas Karla Zambelli (PL- SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Juliana Cardoso (PT-SP). Também vão enfrentar processos disciplinares os deputados José Medeiros (PL-MT) e Marco Jerry (PCdoB).
As representações envolvem desde xingamentos, passando por agressões físicas e até importunação sexual durante as sessões do parlamento. O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), destacou que o objetivo do colegiado é conter os excessos.
Além de instaurar os processos disciplinares, foram sorteadas as listas tríplices de possíveis relatores de cada processo. Os relatores serão escolhidos pelo presidente do conselho e apresentados na próxima sessão, ainda sem data definida. Após esse passo, os relatores vão dizer, dentro de um prazo de 10 dias úteis, se dão seguimento aos processos ou pedem o arquivamento das representações.