Poucas horas antes da votação da urgência da proposta sobre a nova regra fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve na Câmara participando de uma audiência pública. E foi claro: o texto deverá ser aprovado com “ampla margem”. Até porque, segundo ele, as conversas mostraram boa vontade por parte dos líderes da Câmara já que esse é um projeto de Estado e não de governo, reforçou Haddad.
Na comissão, ele falou, inclusive, dos planos depois da aprovação do arcabouço e da Reforma Tributária, outro assunto prioritário.
Ao ser questionado sobre as críticas feitas à política de juros do Banco Central, Haddad, mais uma vez, deixou claro que, com as medidas saneadoras tomadas desde o início do ano, como, por exemplo, a reoneração dos combustíveis, há espaço para o que chamou de “gesto de confiança” do BC.
Já sobre cortes no orçamento, o ministro afirmou que eles não podem ser feitos em cima da população que precisa. “É preciso olhar para onde dá pra cortar”, disse. E deu uma cifra: R$ 1,3 trilhão formados por gastos tributários injustificados e despesas com juros. E é justamente o corte nesses gastos que favorecem o equilíbrio das contas públicas.
E voltando ao novo regime fiscal, o ministro disse esperar que o texto seja aprovado com 300 ou 350 votos. Acima dos 257 mínimos, portanto, para aprovação tanto do requerimento de urgência nesta quarta, quanto do mérito na semana que vem.