A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse, nesta quinta-feira (25), que o governo federal vai continuar a dialogar para impedir o esvaziamento das atribuições da pasta, votadas no Congresso Nacional.
Ao analisar a medida provisória de restruturação dos ministérios, os parlmentares retiraram a Agência Nacional de Águas, o Cadastro Ambiental Rural e, ainda, a Política Nacional de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com Marina, as conversas com parlamentares ainda pretendem reverter a proposta de retirada da demarcação de terras indígenas e da Funai do Ministério dos Povos Indígenas.
A ministra Marina Silva classificou o momento como difícil para o governo e entende que os parlamentares trabalham para manter a estrutura do governo passado.
Apesar de respeitar a autonomia dos poderes, a ministra Marina Silva acredita que essas alterações trarão prejuízos em relação ao texto original da medida provisória que estrutura o governo Lula.
As declarações foram dadas durante a posse do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, nesta quinta-feira, na unidade de conservação do Parque Nacional de Brasília.
O novo presidente afirmou que os órgãos do sistema Nacional do Meio Ambiente vão continuar os trabalhos, e agora, mais fortemente.
No discurso de posse no ICMBio, Mauro Pires destacou que a presença de Marina Silva à frente do MMA mudou a governança ambiental e climática do Brasil e que o tempo do negacionismo da ciência acabou.
Mauro Pires é servidor de carreira do instituto e foi escolhido por meio de um comitê de busca, recriado em fevereiro pelo atual governo federal.
A ministra Marina escolheu o nome de Mauro Pires a partir de uma lista tríplice de indicados pelo comitê.
