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Política

Em CPMI, Jorge Naime diz que ABIN avisou sobre plano de invasão

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Gésio Passos - Repórter Rádio Nacional
26/06/2023 - 20:55
Brasília

Durante a CPMI dos Atos Golpistas, o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, afirmou que a ABIN, a Agência de Inteligência do governo brasileiro, avisou sobre o plano de invasões aos prédios públicos na véspera dos ataques em um grupo com setores de inteligência de Brasilia.

Jorge Naime está preso desde fevereiro no presídio da Papuda, em Brasília. É acusado de omissão nos ataques golpistas porque tirou folga na semana das manifestações.

Seu departamento era reponsável por orientar a atuação dos policiais que acompanharam os manifestantes bolsonaristas desde a saída deles da frente do quartel general do Exército até a Esplanada.

Mesmo assim, ele afirmou que não tinha informações sobre o planejamento da operação da PM. Mas atendendo a convocação de superiores, ele foi para a Esplanada no dia dos ataques com o pedido de restabelecer a ordem.

O coronel Naime ainda afirmou que não sabe dizer de quem veio a ordem de desmobilizar as tropas para o dia 8 de janeiro, já que estava de férias.

Ele afirmou que foi o general Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, que impediu o desmonte do acampamento golpista, em frente ao Quartel General do Exército.

O policial ainda relatou que no caso dos ataques a sede da polícia federal, em 12 de dezembro de 2022, que a PM não executou prisões porque não estava preparada para os ataques. O coronel ainda informou que naquele momento, a dispersão dos manifestantes era prioridade, e que parte deles estavam hospedados nos hotéis próximos.

O coronel Jorge Eduardo Naime também disse que não sabe porque está preso, enquanto seus superiores estão em liberdade.

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