Em dia de reunião do Conselho Monetário Nacional para discutir meta de inflação, o presidente Lula afirmou que, como cidadão é contra ao que chamou de “meta rígida”. " O que eu acho como cidadão é que o Brasil não precisa ter uma meta de infação tão rigida sem alcançar. Eu acho que a gente tem de ter uma meta que se alcance, se alcançar desce um degrau, ou se necessário sobe mais um degrau. A politica monetaria tem de ser móvel, ela não pode ser eterna.
Atualmente, o Banco Central persegue uma meta de inflação estabelecida a cada ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. E é justamente a possibilidade de se adotar uma meta contínua, que é quando o horizonte pode ser aberto ou obedecer a um prazo maior que um ano, que estará em discussão na reunião do Conselho Monetário Nacional desta quinta-feira.
O CMN é formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A declaração de Lula veio durante entrevista à Rádio Gaúcha. Ele também comentou a taxa de juros definida pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, e voltou a criticar a conduta de Roberto Campos Neto: "Agora você tem um cidadão que parece que não entende nada de pais, não entende nada de povo, não tem sentimento com o sofrimento do povo. E mantém a taxa de juros alta para manter o interesse de quem? A quem ele está servindo nesse momento?
Sobre a relação com o Congresso, principalmente às vésperas da Câmara dos Deputados analisar a Reforma Tributária, Lula afirmou que as conversas, as discussões com os parlamentares têm sido “a mais tranquila possível”.
Sobre Reforma Tributária, Lula reconheceu que o texto votado será diferente do originalmente encaminhado pelo governo. E elogiou a conduta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas conversas e discussões em torno de um consenso. O presidente da Câmara, Arthur Lira, já avisou que pretende dedicar as sessões da semana que vem para análise da proposta.