A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se solidarizou com os familiares do adolescente morto em operação policial realizada na Cidade de Deus, nesse domingo (6). Por uma rede social, ela escreveu que é impossível não se comover com o caso do menino Thiago, de 13 anos, que foi baleado com 5 tiros na Cidade de Deus. Ela ainda disse que Thiago sonhava em ser jogador de futebol e é mais um futuro de um jovem negro interrompido. Mais uma família negra dilacerada.
Diante da repercussão do ocorrido, o Ministério da Igualdade Racial solicitou um ofício ao Governo do Estado do RJ, ao Ministério Publico e a Polícia Civil, demandando informações sobre a investigação e máxima urgência nos esclarecimentos sobre o caso.
Outra instituição que está apoiando a causa é a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que está dando assistência jurídica aos familiares do adolescente. Defensores do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos já solicitaram a cópia do inquérito policial à Delegacia de Homicídios da Capital e as imagens das Câmeras à Corregedoria da Polícia Militar.
A mãe do menino, Priscila Menezes, declarou que nunca imaginou passar por essa situação e que quer somente ficar com boas lembranças dele.
Outro caso acompanhado pela Instituição é o de Guilherme Lucas Martins Matias, de 26 anos, morto em abordagem policial depois de um baile funk na manhã de domingo, no Catete, na zona sul. Guilherme teve o carro atingido por tiros que teriam sido disparados por um policial militar.
Em nota, a Defensoria Pública defende a implementação de um amplo Plano de Redução da Letalidade Policial, além de se colocar à disposição na garantia do acesso à justiça.
