À CPI Mista dos atos golpistas, o ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres negou qualquer envolvimento ou omissão nos ataques do 8 de janeiro. E chamou a minuta de golpe encontrada na casa dele durante operação de busca e apreensão de “documento imprestável, pronto para ir para o lixo”. Mas foi questionado sobre o local em que a minuta foi encontrada. Privilegiado, segundo a relatora, senadora Eliziane Gama.
Anderson Torres afirmou que viajou de férias para os Estados Unidos na véspera dos ataques porque o cenário que as autoridades haviam passado para ele era de tranquilidade e de desmonte do acampamento no QG do Exército em Brasília. E ele disse que se o Protocolo de Ações Integradas – assinado na sexta-feira, dia 6 – tivesse sido cumprido, os ataque não teriam ocorrido.
Quando perguntado sobre as tentativas de atrapalhar as investigações, como o fato de ter deixado o celular nos Estados Unidos, onde estava de férias no dia dos ataques, respondeu que perdeu o celular no país.
Antes do depoimento começar, senadores da base aliada pediram a reconvocação do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. Denúncias vazadas à imprensa davam conta de que ele teria negociado a venda de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre eles, um relógio Rolex. Há denúncias ainda que Mauro Cid teria feito sucessivos depósitos em valores menores que R$ 6 mil, na conta da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no ano passado, mas que no total esses depósitos chegaram a R$ 60 mil.
Diante dos pedidos, Arthur Maia afirmou que esse não é o foco da CPI e que o Colegiado precisa se ater aos fatos.
Mas a deputada Jandira Feghali, uma das autoras do requerimento, rebateu.
A reconvocação de Mauro Cid deve ser votada na próxima reunião da CPI.