logo Radioagência Nacional
Política

General nega negligência dos militares no desmonte do acampamento QG

Baixar
Priscilla Mazenotti - Repórter da Rádio Nacional
14/09/2023 - 15:19
Brasília

Chamado à CPI Mista do 8 de janeiro para dar explicações sobre o acampamento golpista em Brasília, o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes negou qualquer tipo de negligência ou inércia dos militares no desmonte das barracas e tendas em frente ao QG do Exército em Brasília. Segundo ele, o trabalho foi feito de maneira sinérgica com pedidos de aumento de policiamento e de segurança.  

Na época, o general era o comandante do Comando Militar do Planalto, portanto, o responsável pelo QG. Ele fez ainda uma linha do tempo dos quase 70 dias de duração do acampamento. Disse que no auge das manifestações, o local chegou a receber 100 mil pessoas, isso no dia 15 de novembro do ano passado. E acrescentou que o trabalho de retirada das pessoas foi feito aos poucos. Até porque, como o acampamento era uma manifestação pacífica, segundo ele, não tinha como o Exército declarar a sua ilegalidade. 

O general foi confrontado com diversos vídeos de acampados na época falando da ajuda que os militares davam na montagem das tendas e barracas e questionado sobre o impedimento de acesso da Polícia Militar do Distrito Federal ao local. Ele negou veementemente. E acrescentou: o perfil dos acampados mudou do dia 6 para o dia 7, véspera do quebra-quebra.

No domingo, dia dos ataques, ele disse que o Gabinete de Segurança Institucional, por volta do meio-dia, acionou o Comando Militar do Planalto. E que, a partir daí enviou as tropas de prontidão. Depois da destruição, por volta de 21h, o foco foi no sentido de dissuadir o retorno dos manifestantes ao acampamento e no cumprimento da determinação judicial de retirar todos eles do local em 24 horas, o que, por questões de segurança, foi feito no dia seguinte.

x