A CPI das Pirâmides Financeiras, da Câmara dos Deputados, terminou com pedido de indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e de oito sócios da empresa 123milhas. O relatório final do deputado Ricardo Silva, do PSD de São Paulo, tem mais de 500 páginas e pede o indiciamento de 45 pessoas no total. 
Segundo o relatório, os sócios da empresa 123milhas teriam desviado ativos da empresa para si e familiares. Além disso, a linha promocional teria funcionado como pirâmide, porque o valor obtido com novas compras seria usado para emitir passagens de clientes mais antigos e enriquecer os sócios.
Já Ronaldinho Gaúcho foi apontado como um dos donos da empresa 18KRonaldinho, que divulgava investimentos com criptomoedas com lucro de 2% ao dia e 400% de rentabilidade. Na CPI, Ronaldinho negou ser dono da empresa e disse que teve o nome usado indevidamente.
A 123milhas negou, por meio de nota, que tenha atuado como pirâmide financeira. Disse que é leviana a afirmação de que sócios e parentes realizaram movimentações financeiras ilícitas ou ocultação de patrimônio, assim como as acusações infundadas sobre as condições financeiras da empresa.
O advogado Sergio Queiroz, que defende Ronaldinho Gaúcho, respondeu que não existe indício mínimo de prova de qualquer ilícito e que a CPI sequer se preocupou em ouvir os proprietários da empresa 18K. Para ele, essa é uma tentativa de ganhar os holofotes através de nomes de personalidades.
