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Política

Espero que as eleições na Venezuela sejam democráticas, diz Lula

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Sayonara Moreno - repórter da Rádio Nacional
06/03/2024 - 17:42
Brasília
Brasília (DF), 06/03/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de assinatura de atos e declaração à imprensa, juntamente com o Presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Depois que a Venezuela marcou as eleições presidenciais para 28 de julho deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que sejam democráticas. Segundo Lula, é preciso aguardar o processo.

"Eu espero que as eleições sejam o mais democráticas possíveis. Segundo o presidente Maduro me disse, ele vai convocar todos os olheiros do mundo que quiserem assistir o processo eleitoral na Venezuela. Acho que comunidade internacional certamente tem todo o interesse em acompanhar para saber se vai ser a mais democratica eleição da Venezuela. Eu espero que seja. Porque eu acho que a Venezuela precisa disso. Agora a gente não pode já começar a jogar dúvida antes das eleições acontecerem. Nós temos que garantir a presunção de inocência", disse Lula. 

A afirmação foi feita nesta quarta-feira (6), durante declaração à imprensa, após o presidente brasileiro receber, no Palácio do Planalto, seu homólogo da Espanha, Pedro Sánchez. Juntos assinaram acordos de cooperação entre os dois países e conversaram sobre temas bilaterais e mundiais.

Um dos pontos comentados foi em relação à crise humanitária vivida pelos palestinos, na Faixa de Gaza. Com mais de 30 mil, Lula disse que a região não consegue receber as doações de toneladas de alimentos.

"O que está acontecendo lá é um verdadeiro genocídio. Já mataram 30 mil pessoas. Não é possível continuar essa matança sem que o Conselho de Segurança da ONU pare essa guerra e permita que chegue alimento, que chegue remédio. Tem mais de 30 toneladas de alimentos lá estocadas pra chegar e não conseguem chegar. Se isso não é um ato de desumanindade, eu, sinceramente, não sei mais o que é", comentou Lula. 

Enquanto o Mercosul, bloco do qual o Brasil faz parte, não firma acordo com a União Europeia, bloco do qual a Espanha é integrante, Lula disse estar confiante de que o acordo vai sair. Segundo ele, independe da vontade da França ou de outras nações, essa é uma necessidade de ambos os blocos.

"Lamentei profundamente que o acordo não tenha sido firmado quando o presidente Pedro Sánchez era presidente da União Europeia e eu era presidente do Mercosul. Ele ainda está na presidência. Eu estou na presidência. E nós ainda vamos assinar esse acordo para o bem do Mercosul e para o bem da União Europeia. A União Europeia precisa desse acordo. O Mercosul precisa desse acordo. Não é mais uma questão de querer ou não querer, gostar ou não gostar. Precisamos politicamente, economicamente e geograficamente fazer esse acordo", afirmou Lula. 

Ao lado do presidente espanhol, Pedro Sánchez, Lula disse que as duas nações são “grandes democracias que enfrentam o extremismo, a negação da política e o discurso de ódio, alimentados por notícias falsas”.

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