![Lula Marques/ Agência Brasil Brasília (DF) 16/04/2024 Sessão do Senado que votou em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC 45/2023) que criminaliza o porte e a posse de qualquer quantidade de entorpecentes, a chamada PEC sobre Drogas. Foto Lula Marques/ Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
O Senado aprovou em dois turnos, nessa terça-feira (15), uma Proposta de Emenda à Constituição que criminaliza da posse de qualquer quantidade de droga ilícita.
O texto inclui no artigo 5º da Constituição que será crime a posse e o porte de droga sem autorização independente da quantidade.
O senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, aponta que a descriminalização fortaleceria o tráfico de drogas.
"Nesse caso específico, a liberação, a descriminalização do uso tem como consequência indireta o fortalecimento do crime e do tráfico. Por um motivo absolutamente simples, cartesiano. Esse usuário vai comprar droga onde? Na farmácia? No supermercado? Não. Ele vai estar rendendo lucros garantidos, tranquilos, assegurados no esquema do crime organizado. E o crime organizado não vai ficar menos violento. Ele vai ficar mais violento, mais empoderado".
O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, diz que insistir a criminalização vai afetar diretamente os mais pobres.
"O que nós precisamos no nosso país é darmos aos dependentes a possibilidade de um tratamento humanizado. Tirá-lo da esfera criminal e fortalecer a rede de atenção psicossocial. Essa é uma lei para ampliar a discriminação contra as pessoas pobres, contra as pessoas marginalizadas, contra as pessoas negras, contra as pessoas que vivem na periferia".
A proposta foi articulada após o Supremo Tribunal Federal voltar a pautar o julgamento da descriminalização do porte da maconha para uso pessoal, determinando a diferenciação entre usuário e traficante. Um pedido de vista do ministro Dias Toffolli suspendeu o julgamento em março.
A atual legislação prevê penas atenuadas para quem for pego portando drogas para consumo próprio. A lei não define a quantidade que difere o traficante do usuário. A proposta aprovada no Senado agora será avaliada pela Câmara dos Deputados.
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