Em mais uma etapa para privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), foi formado o conselho deliberativo de 371 prefeituras do estado, chamado de Unidade Regional de Serviços de Abastecimento e Água (URAE-1).
Na primeira reunião, nessa segunda-feira (20), foi aprovada a entrada dos municípios atendidos pela Sabesp ao novo plano de trabalho.
A Sabesp é atualmente uma empresa pública de capital misto, mas com controle acionário majoritário do governo de São Paulo. Suas ações são negociadas na bolsa de valores de Nova York e São Paulo.
Com o processo de privatização, o próximo passo será o leilão das ações pertencentes ao governo do estado. Dessa forma, o governo passará a deter 30% do capital acionário, deixando o controle da empresa para algum ente privado que conseguir adquirir 50% das ações da empresa. Foi o que explicou a secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.
A promessa do governo do estado, com a desestatização da Sabesp, é a de que a universalização de saneamento básico será atingida até 2029, quatro anos antes do estabelecido no Marco do Saneamento, e de diminuição nas tarifas cobradas ao consumidor.
No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto, assim como diversos movimentos sociais têm alegado que com a privatização da Sabesp, a tarifa da água ficará mais cara e a qualidade do serviço irá piorar.
Por isso, nesta quarta-feira, diversos movimentos sociais e partidos irão protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação da adesão da capital paulista à privatização da Sabesp, em uma nova tentativa de barrar o processo.