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Política

Plano de matar governantes já é suficiente para punir, dizem juristas

Especialistas refutam afirmação de Flávio Bolsonaro
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Gabriel Brum
21/11/2024 - 13:15
Brasília
Brasília (DF) 19/11/2024 Senador, Flávio Bolsonaro, na comissão de segurança do Senado. Senador falou que pensar em Matar não é crime
© Lula Marques/ Agência Brasil

Especialistas avaliam que a descoberta de um plano contra o Estado Democrático de Direito já é suficiente para punição. 

Após a revelação do projeto golpista para matar o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin, o senador Flávio Bolsonaro comentou nas redes sociais que pensar em matar alguém não é crime. Além disso, segundo o parlamentar, para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes.

No entanto, o advogado criminalista Antônio Gonçalves explica que, se o plano coloca em risco a segurança nacional, ele pode sim ser responsabilizado.

"Se voce consegue abrir o inquérito, apurar que houve de fato um plano, que existem pessoas, dependendo da quantidade é uma formação de quadrilha, dependendo dos envolvidos pode ser um atentado à segurança nacional, inclusive. Então o fato dele não ter sido executado não significa que o crime não esteja lá."

Para Antônio Gonçalves, o caso é um atentado contra o Estado Democrático de Direito e a segurança nacional; mas, não é uma tentativa de golpe de Estado.

"Golpe de Estado é quando você faz um plano para tomar o poder e nessa possível cogitação, que não foi sequer uma tentativa, o objetivo não era a tomada do poder e sim a eliminação dos governantes. São coisas diferentes"

Nas redes sociais, o professor de Direito Penal Davi Tangerino comenta que, no crime contra o Estado Democrático de Direito, o ato preparatório de um plano já é suficiente para punição.

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