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Política

Decreto de uso gradual da força não atrapalha policial, diz secretário

"Tem que atuar mostrando força, só queremos graduar", diz Sarrubbo
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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
27/12/2024 - 12:00
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2024 - O secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), pós episódios de violência na capital fluminense. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmou que o decreto que o governo federal publicou esta semana para regulamentar o uso da força durante operações policiais não dificulta o enfrentamento à criminalidade no Brasil.

“Muitas vezes o policial entra na comunidade é recepcionado com tiro de fuzis. Então ele vai precisar usar arma de fogo, essa é uma realidade que se faz presente na rotina das nossas forças de segurança. Não queremos inibir, pelo contrário, o policial tem que atuar sempre mostrando a força. A gente só precisa graduar e aplicar de forma correta”.

Em entrevista aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça afirmou que o decreto é resultado de um debate que contou com a participação de representantes estaduais e das forças de segurança de todo o país, bem como de organizações da sociedade civil e especialistas, além de atualizar normas já existentes.

“A portaria anterior, de 2010, falava apenas de proibição de disparos de advertência. Agora, em 2024, a gente efetivamente proíbe o uso de armas de fogo contra pessoas desarmadas, evitando, por exemplo, o que aconteceu recentemente em São Paulo, em que um estudante de medicina estava em um surto psicótico, desarmado, e foi alvejado por um policial militar”.

De acordo com o secretário Mário Sarrubbo, a maioria das forças policiais já atua de forma compatível com a gravidade da situação, respeitando procedimentos operacionais.

Uma novidade é a obrigatoriedade de os policiais receberem, anualmente, capacitação sobre o uso de instrumentos não letais.

E o Ministério da Justiça e Segurança Pública prepara uma compra de armas não letais para suprir parte da demanda das forças policiais do país.

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