logo Radioagência Nacional
Política

Lula defende direito à presunção de inocência de Bolsonaro

Lula ainda criticou Trump por negociar paz na Ucrânia sem Zelensky
Baixar
Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional
19/02/2025 - 16:06
Brasília
Brasília (DF), 19/02/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva e cerimônia de assinatura de acordos com Portugal nos setores de saúde, ciência e tecnologia e segurança pública. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Depois que a PGR apresentou a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 acusados, por crimes contra a democracia, o presidente Lula defendeu o direito à presunção de inocência dos citados.  

"Todas as pessoas têm direito à presunção de inocência. Se elas provarem que não tentaram dar o golpe e se eles provarem que não tentaram matar o presidente, o vice-presidente e o presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, eles ficarão livres. Se, na hora em que os juízes forem julgar, chegarem à conclusão de que são culpados, eles terão que pagar pelo erro que cometeram. O processo agora vai para a Suprema Corte e eles terão todo o direito de se defender."

A declaração foi nesta quarta-feira (19), depois que o presidente assinou acordos de cooperação com o Primeiro-Ministro de Portugal, Luis Montenegro. Durante o encontro, Brasil e Portugal assinaram 20 acordos, e debateram sobre o comércio bilateral entre os dois países. 

Em declaração à imprensa, Lula defendeu a integração multilateral, como forma de lidar com o protecionismo comercial de alguns países, como é o caso dos Estados Unidos, depois que o presidente Donald Trump anunciou a taxação de produtos que serão importardos de outras nações, incluindo o Brasil.  

Para Lula, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia vai fortalecer os dois blocos 

"A expectativa é que essa relação se aprofunde ainda mais quando o acordo Mercosul e União Europeia entrar em vigor. Quando o protecionismo comercial ganha força no mundo, demonstramos o potencial da integração. Não há dúvida de que o acordo trará benefícios para os dois blocos."

Em relação à guerra na Ucrânia, o presidente Lula defendeu uma mesa de negociação ampla, pelo fim dos conflitos, com a participação de outros países. O presidente brasileiro também disse que qualquer busca pelo fim da guerra, precisa ter os dois países na negociação.  

"Não tem paz se não chamar os dois e colocá-los na mesa. E o Trump começa a conversar com o Putin. Eu também acho errado. Não é nem chamar só o Putin ou chamar só o Zelensky. Tem que chamar os dois, colocar numa mesa de negociação e encontrar um denominador comum que possa restabelecer a paz."

Nessa terça-feira (18), representantes dos Estados Unidos e da Rússia se encontraram na Arábia Saudita, onde trataram sobre um possível fim da guerra na Ucrânia, iniciada há quase três anos. Representantes da Ucrânia e da União Europeia não foram convidados para o debate.  

 

x