Lula defende multilateralismo e união entre países do Sul Global
No encerramento da primeira reunião dos sherpas da presidência brasileira no Brics, o Presidente Lula defendeu o multilateralismo e a união entre os países do Sul Global, como forma de fortalecer as nações. Os sherpas são os representantes, ou mensageiros dos líderes de Estado de cada país-membro. 
Durante o evento, nesta quarta-feira, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o presidente brasileiro disse que vai levar adiante a busca por mudanças na governança global, incluindo a permanência de países em desenvolvimento no conselho de segurança da ONU.
Um dos pontos cruciais da presidência brasileira no Brics é o acesso a medicamentos e vacinas, para o combate a doenças comuns nos países emergentes. Nesse sentido, o presidente defendeu a importância de instituições como a OMS, Organização Mundial da Saúde.
Recentemente, Estados Unidos e Argentina anunciaram a saída dos países que integram a OMS, das Nações Unidas.
Diante dos sherpas dos países do Brics, Lula ainda citou os desafios com as inteligências artificiais e defendeu um acesso justo para todos os países.
O presidente brasileiro também mencionou outras prioridades do Brasil, como as propostas contra as mudanças climáticas que serão levadas à COP 30, em novembro, no Pará. E também defendeu medidas que aumentem as opções de pagamentos nas negociações comerciais entre os países do Brics, como forma de lidar com a “atual escalada protecionista”.
Ao longo desses dois dias, em Brasília, participaram os sherpas dos países-membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Também estiveram presentes embaixadores de países parceiros do Brics: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
A cúpula do Brics ocorre nos dias 6 e 7 de julho deste ano, no Rio de Janeiro.
