Crianças com tipo raro de câncer no olho são tratadas no Inca com técnica inovadora
A menina Rafaela nasceu com um tipo raro de câncer no olho chamado de retinoblastoma. O tumor foi identificado quando ela tinha apenas 3 meses.
No Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, a criança recebeu um tratamento inovador. Um ano e meio depois, o câncer tinha desaparecido.
Por precaução, de seis em seis meses Rafaela, que, hoje, tem 5 anos, passa por uma revisão médica. Ricardo Barcellos, que é o pai da menina, comemora que a visão da filha está perfeita.
O novo tratamento, que salvou a visão de Rafaela, é a quimioterapia intra-arterial. A terapia é oferecida gratuitamente no Inca.
A oncologista Nathalia Grigorovski explica que a técnica é destinada a tratar apenas o retinoblastoma, um câncer que somente atinge crianças até os 5 anos de idade.
A maior vantagem deste tipo de tratamento é que a quimioterapia é aplicada apenas no olho, o que aumenta a eficácia e diminui os efeitos colaterais.
Com a quimioterapia intra-arterial, o Inca conseguiu aumentar de 20% para 80% a preservação da visão de pacientes com retinoblastoma.
Como em outros casos de câncer, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.
Clarissa Mattosinho, que é chefe da oncologia ocular do Inca, diz que, para identificar se a criança pode ter um tumor na visão, basta fazer um teste simples. Tirar uma foto do olho e, se a pupila ficar branca, é um sinal de alerta.
O novo tipo de tratamento oferecido pelo Inca já beneficiou 50 crianças.