Fiocruz levará profissionais à África para ajudar na resposta ao coronavírus
A Fundação Oswaldo Cruz vai enviar uma equipe de profissionais à África para ajudar a organizar a resposta à pandemia do novo coronavírus nos seis países de língua portruguesa do continente.
A cooperação atende a um pedido do escritório regional da Organização Mundial da Saúde e vai beneficiar Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
De acordo com o diretor do Centro de Relações Internacionais e Saúde Global da Fiocruz, Paulo Buss, o Brasil vai atuar em conjunto com Portugal nesse trabalho.
A equipe a ser enviada pela Fundação deve contar com um epidemiologista, um profissional da área clínica e outro de laboratório, além de um gestor de sistemas de saúde. A equipe pode ter ainda um profissional de comunicação, para ajudar a organizar a divulgação das informações. Dos países africanos lusófonos, apenas Guine Equatorial já tem casos confirmados da doença, 3 até a manhã desta quarta-feira (18).
No entanto, outros países do continente africano, como o Egito, que tem 196 registros oficiais de covid-19, e a África do Sul, com 85, já enfrentam uma curva acentuada de contágio. Mas Paulo Buss ressalta que o objetivo é justamente ajudar esses países a se preparar antes que um surto se apresente.
O início dos trabalhos depende apenas da definição de necessidades, que serão listadas pela própria OMS. A diretora-geral da organização na África, Matshidiso Moeti, viria à Fiocruz na semana passada para assinar o convênio de cooperação, mas a viagem foi cancelada justamente por causa do avanço do contágio e das medidas de contenção.




