Apesar do plano de flexibilização do governo do estado, prefeito de São Paulo diz que cidade continua em quarentena. Já os prefeitos da região metropolitana protestam contra a decisão que autorizou a flexibilização na capital, mas impediu a abertura nas cidades que vizinhas.
O plano de flexibilizaçã apresentado pelo governo de São Paulo está gerando desencontros. Segundo o plano, a cidade de São Paulo está autorizada a reabrir shopping centers, escritórios, concessionárias de veículos e imobiliárias a partir de segunda-feira, mas o prefeito, Bruno Covas, diz que a cidade continua em quarentena.
A prefeitura vai começar a receber esses protocolos dos setores econômicos a partir de segunda (01). Eles vão ser analisados pela Vigilância Sanitária dos municípios e se aprovados, o setor pode voltar a funcionar. Não foi definido um prazo para a avaliação de cada protocolo e mesmo prefeito ainda tem dúvidas sobre como vai ser o retorno. Uma das preocupações é a situação das mulheres.
Já os prefeitos das cidades vizinhas estão protestando. Enquanto a capital que tem 92% dos leitos de terapia intensiva ocupados já foi autorizada a flexibilizar a quarentena, cidades que estão em situação melhor, continuam sob critérios rígidos. O prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior, chamou a decisão do governo de equivocada
São Caetano tem cerca de 65% dos leitos de UTI ocupados. Em Santo André, a situação é ainda melhor. Cerca da metade dos leitos de UTI, 53%, estão ocupados. O prefeito Paulo Serra diz que a decisão não seguiu critérios científicos.
Em nota, a prefeitura de Santo André disse que se não houver uma revisão da decisão, vai acionar o ministério público. Falas nesse tom se repetem entre os prefeitos da região metropolitana e a tônica é ou flexibiliza para todo mundo ou volta a endurecer as regras para a capital paulista.
Os secretários de saúde dos municípios e representantes do governo do estado se reuniram nessa quinta-quinta (28) e um novo encontro deve acontecer nesta sexta (29).
Enquanto isso, os setores econômicos já preparam os protocolos para a reabertura do comércio na capital paulista. A Alshop, por exemplo, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, também está reunida nesse momento para discutir os próximos passos e já tem um plano pronto com 20 compromissos para reabertura de lojas, que deve ser apresentado para a prefeitura de São Paulo na próxima semana.