Secretário de Saúde do Rio defende lockdown como forma de reduzir curva da Covid-19 no estado
O secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, afirmou que o estado deve atingir o pico dos casos de transmissão da Covid-19 entre a terceira e última semana deste mês. Segundo Santos, a dúvida é se a trajetória vai ser contínua, com a manutenção do número de casos alto, ou se entra em queda após atingir o pico.
Em reunião por videoconferência com parlamentares da Assembleia Legislativa fluminense, o secretário defendeu o isolamento social ampliado, o chamado lockdown, como um instrumento importante de diminuição do números de casos. Segundo Edmar Santos, a medida não pode ser vista como algo apenas para se ganhar tempo na abertura de novos leitos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, até o momento, 1.129 novos leitos para tratamento de pacientes suspeitos ou confirmados da Covid foram abertos em todo o estado do Rio de Janeiro. O secretário informou que, até o fim da semana, cerca 800 novos leitos serão abertos.
No hospital de campanha do Maracanã, inaugurado no sábado (9), mais 200 leitos serão ativados. Outros três unidades de campanha também serão abertas no fim de semana, em Nova Iguaçu, na baixada fluminense, São Gonçalo, na região Metropolitana, e Nova Friburgo, na região serrana.
Sobre questionamentos acerca do superfaturamento dos hospitais de campanha do estado em comparação com outros estados, o secretário rebateu que as unidades do Rio são diferentes das paulistas, com previsão de 40 porcento de leitos de de UTI e tomógrafos em cada unidade.
Nesta terça-feira (12), a taxa de ocupação rede estadual é de 79% em leitos de enfermaria e 86% em leitos de UTI. Segundo a Secretaria, em toda rede publica há mais de 400 pacientes suspeitos ou confirmados de coronavírus aguardando transferência para UTIs.