Casos de coronavírus entre idosos mais do que triplicam na cidade de São Paulo
Mais do que triplicou o número de casos de coronavírus entre idosos em São Paulo.
Segundo o resultado na terceira rodada do inquérito sorológico que está sendo feito pela prefeitura, até o dia 20 de julho, 14% das pessoas com mais de 65 anos já tinha sido infectadas pelo coronavírus.
Esse número era de pouco mais de 4% até o dia 21 de junho, na primeira rodada de testes, a chamada fase zero do estudo. Na segunda rodada, a fase um, a variação foi bem menor, chegou a 5%.
O crescimento coincide com o período de flexibilização da quarentena na cidade, e, para o secretário de Saúde do município, Edson Aparecido, essas pessoas podem estar se infectando em casa.
Para o prefeito Bruno Covas, o dado é perigoso.
Uma das medidas já anunciadas é fazer um inquérito específico em crianças e adolescentes para medir qual o impacto da doença entre elas e os familiares que vivem com elas.
O índice de prevalência também cresceu na população em geral. Mas esse crescimento foi bem menor. Saiu de 9,5% no dia 21 de junho para 11% agora. Esse número significa que 1,320 milhão de pessoas já foram expostas ao coronavírus na capital paulista. 40% dessas pessoas eram assintomáticas.
A nova rodada da pesquisa voltou a confirmar que as desigualdades sociais são fator de risco na pandemia de coronavírus. O número de casos entre pessoas da classe D é quatro vezes maior que entre pessoas da classe A. Quem tem só o ensino fundamental corre o dobro de risco de se infectar do que uma pessoa com ensino superior. Pessoas pretas ou pardas tem 60% mais chance de pegar o vírus do que pessoas brancas.