Fiocruz inicia pesquisa sobre condições de profissionais de saúde no combate à Covid-19
A Fiocruz quer saber as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.
Nos últimos quatro meses, segundo dados do Ministério da Saúde, já foram registrados 180 mil casos de Covid-19 em profissionais de saúde de todo o país, com 163 mortes.
A realidade desses profissionais de saúde vai ser conhecida por uma pesquisa nacional lançada nesta quarta-feira pela Fiocruz, em parceria com diversas entidades profissionais, como os Conselhos Federal de Enfermagem e de Medicina, além de faculdades de medicina de vários estados. O questionário será respondido online e leva de 10 a 15 minutos para ser totalmente preenchido. A identidade do participante será preservada.
A pesquisadora da Fiocruz, Maria Helena Machado, que coordena o estudo, diz que são muitos os relatos de profissionais em situação de precarização do vínculo de trabalho, salários atrasados, insegurança e sobrecarga de trabalho, que geram estresse, adoecimento e desgastes físicos e psíquicos. Para ela, conhecer a realidade desses profissionais vai contribuir para o direcionamento de ações, estratégias e políticas públicas que promovam a melhoria das condições de trabalho das categorias atuantes no enfrentamento da pandemia de coronavírus.
A pesquisa "Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil" tem financiamento do edital Inova Covid-19, e vai apoiar propostas de geração do conhecimento nas áreas definidas pela Fiocruz como prioritárias para a pandemia da Covid. O objetivo é aumentar os conhecimentos necessários ao entendimento da doença em seus diversos aspectos.
