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Saúde

Covid-19 avança nos municípios do interior do Rio de Janeiro

Em Itaperuna, o número de casos deu um salto de 411% em 1 semana
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Raquel Júnia
19/08/2020 - 15:54
Brasília
Uso de máscara para proteção contra o novo coronavírus.
© Ricardo Wolffenbuttel/Governo de

Duas cidades da região do norte do Rio de Janeiro atingiram, nos últimos dias, o pico no número de casos de covid-19, desde o início da pandemia. Entre 9 e 15 de agosto, Campos e Itaperuna bateram o recorde de infectados em sete dias, com mais de 400 casos confirmados.

Toda a região norte e noroeste fluminense registrou, na mesma semana, a marca de 2.139 novas infecções, segundo maior número para o período, com crescimento de mais de 38% frente a semana anterior. Os dados são do Painel Covid-19 Norte e Noroeste Fluminense, uma plataforma desenvolvida por jornalistas que reúne os dados oficiais divulgados pelas Prefeituras.

Em Campos, houve aumento de 79,2% em comparação com os sete dias anteriores. O município saltou de 255 para 457 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. Antes dessa marca, o maior número havia sido verificado entre 28 de junho e 4 de julho, quando foram contabilizados 340 casos. Vinte e quatro pessoas morreram na semana passada, quando foi registrado o segundo maior número de óbitos, o que só foi superado no período entre 26 de julho e 1° de agosto, com 38 mortes.

Em Itaperuna, os dados mostram um aumento de mais de 411% em 15 dias. O município passou de 147 infectados, entre os dias 26 de julho e 1° de agosto; para 436, na última semana.

O professor Rogério Atem, diretor do Polo de Inovação do Instituto Federal Fluminense, situado em Campos, avalia que o avanço da doença na região acontece em uma janela de tempo posterior a das capitais por motivos que ainda não estão claros.

Outra cidade preocupante é Macaé, que teve um crescimento de 81% nos registros. O número de casos passou de 273, entre 02 e 08 de agosto; para 495, na última semana. Já as mortes na cidade, 3, se situaram no menor índice desde a semana entre 03 e 09 de maio.

Levando-se em conta toda a região norte e noroeste, o aumento do número de mortes foi 18%, com um salto de 44 para 52 óbitos.


 

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