Covid-19: casos no RJ já passam de 223 mil; mais de 16 mil morreram
O Rio de Janeiro chegou nesse domingo(30) à marca de 16.027 mortes e 223.302 casos confirmados da covid-19. Em apenas sete dias, o sistema da Secretaria Estadual de Saúde apontou 735 óbitos. O número praticamente coincide com o da semana anterior, quando foram registradas 730 perdas de vidas, mas representa um aumento de mais de 50% em relação aos números oficiais de 15 dias atrás. Os cálculos indicam que o Rio de Janeiro voltou a atingir patamares semelhantes aos do início do mês de julho.
A taxa de ocupação dos leitos na rede SUS na capital também apresentou aumento nos últimos dias. Há duas semanas, em 17 de agosto, 61% dos leitos de UTI exclusivos para o tratamento de pacientes com coronavírus estavam ocupados e, nesta segunda-feira(31), a taxa está em 72%. Já as vagas de enfermaria, saltaram de 41 para 49%.
A Secretaria Municipal de Saúde tem uma explicação para a alta da taxa de ocupação que não está relacionada necessariamente ao aumento de casos. Segundo a pasta, houve maior demanda de leitos de UTI porque os pacientes começaram a ser internados mais precocemente, para evitar o agravamento do caso. Além disso, a secretaria credita o aumento também ao fechamento de leitos de outros municípios e esferas, o que teria criado maior procura na capital.
No entanto, especialistas têm alertado que há sim uma tendência de aumento da doença no estado e na capital. Diante da divulgação dos dados da Plataforma Monitora Covid, da Fundação Oswaldo Cruz, no último dia 27, que mostraram que a média diária de óbitos dobrou na cidade do Rio, nas duas últimas semanas, o coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, destacou que não é possível ainda falar em uma segunda onda da covid, mas que é preciso reagir a essa tendência de aumento.
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde reafirmou que não reconhece o aumento do número de mortes no Rio em decorrência do novo coronavírus e que os óbitos estão em queda sustentada desde o início de maio, com redução de 85% entre o pico da pandemia e as duas primeiras semanas deste mês. A Secretaria credita o aumento das últimas duas semanas a casos e óbitos em investigação que estavam represados e acabaram sendo confirmados em função da mudança de critério do Ministério da Saúde para diagnóstico da covid-19, que passou a aceitar outros tipos de exames, como os de imagem, para caracterizar a doença. Segundo a pasta, além disso, não houve aumento no número de internações por coronavírus na rede estadual de Saúde.
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