O mundo superou nesta segunda-feira (10) 20 milhões de infectados pelo coronavírus. Mais da metade dos contaminados estão em apenas 3 dos 193 países do mundo: nos Estados Unidos, no Brasil e na Índia. Uma em cada quatro pessoas que têm ou tiveram Covid-19 está nos Estados Unidos, que lidera esse ranking, com mais de 5 milhões de casos.
O Brasil vem em segundo lugar, com 3 milhões e 57 mil infectados. O número foi atualizado nesta segunda pelo Ministério da Saúde. Em 24 horas, foram 22.048 casos novos, e 101.752 pessoas perderam a luta contra a Covid-19. Nesta segunda o país registrou 703 novas mortes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta. De acordo com o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, é preciso que os países invistam mais dinheiro na iniciativa conhecida como Acelerador ACT, que pesquisa ferramentas para combater a pandemia. A OMS só tem 10% do valor considerado necessário.
Só em vacinas, a estimativa é de gastar US$ 100 bilhões. O valor é alto, mas corresponde a apenas 1% do que os 20 países mais ricos do mundo destinaram a medidas para proteger a economia durante a pandemia.
Já são mais de 150 vacinas em teste no mundo, sendo 25 delas na fase de testes clínicos em humanos.
Por falar em vacina, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou uma mudança no protocolo de pesquisa da vacina de Oxford contra a Covid-19. É a vacina que está em testes coordenados no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz e com apoio do Ministério da Saúde.
A mudança foi para incluir uma dose de reforço para os voluntários que estão participando do estudo. A dose de reforço será dada aos voluntários que já haviam sido vacinados e também aos que ainda vão entrar para o estudo. O intervalo entre as duas doses será de quatro a seis semanas.
A Anvisa também autorizou a ampliação da faixa etária para a realização dos testes, que antes era de 18 a 55 anos, para até os 69 anos de idade.
E o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos Médicos, Paulo Henrique Fraccaro, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que o Brasil pode encarar problemas na aplicação da vacina contra a Covid-19. Isso por conta da falta de seringas e agulhas. De acordo com ele, o país vai precisar de pelo menos 300 milhões de seringas num prazo de três ou quatro meses. O problema é que, no ritmo de produção normal, o país levaria dois anos e meio para produzir isso tudo.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que está em andamento um processo para aquisição de 110 milhões de seringas e agulhas.
*Com produção de Wesley Braga