Manaus vive segunda onda de covid-19, aponta pesquisa da Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas alerta que Manaus vive uma segunda onda de contaminações da covid-19.
A entidade tem monitorado a situação na capital amazonense desde o mês de março e devido a um aumento de internações e de incidências de casos de síndrome respiratória aguda grave, nos últimos 40 dias, aponta a necessidade de medidas mais duras para conter o avanço da doença.
Para o pesquisador e epidemiologista da Fiocruz, Jesem Orellana, a decretação de lockdown pode frear a aceleração de novos casos.
Segundo o pesquisador, a segunda onda não deve ser mais forte que a primeira, até porque grande parte da população já se infectou. Mas ele acredita que medidas muito brandas também não resolvem o problema.
Na última semana, governo do Amazonas anunciou o fechamento e a restrição de algumas atividades no estado que têm causado aglomerações. Festas, funcionamento de balneários e alguns bares estão proibidos. Restaurantes e lojas de conveniência também tiveram o horário de funcionamento reduzido até as dez da noite.
A medida veio devido a uma tendência de aumento de contágios de covid-19, observada pelos órgãos de saúde nas últimas semanas.
Nesse final de semana, fiscalizações realizadas pela Secretaria de Segurança Pública do estado fechou 11 locais e autuou outros seis estabelecimentos que funcionavam de maneira irregular.
O Boletim epidemiológico para a covid-19, divulgado neste domingo, confirma o registro de 247 novos casos da doença, totalizando 136.416 no estado.
Procurado, até o fechamento desta edição, o governo do Amazonas não se manifestou sobre as informações divulgadas pela Fiocruz.