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Saúde

Ministério da Saúde negocia aumento da validade de testes de covid-19

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Anna Luisa Praser
25/11/2020 - 17:51
Brasília

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia, negou que cerca de 7 milhões de testes para diagnóstico da covid-19 corram o risco de serem descartados por causa do vencimento. Em depoimento à Comissão Externa da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (25), ele argumentou que a data registrada foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de forma emergencial, mas que, na prática, os testes teriam um prazo maior de validade.

Também na audiência, o diretor do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, disse que já está em negociação com a fabricante dos testes um pedido de extensão da validade desses produtos. Dias salientou que essa solicitação também deve ser feita à Anvisa.

A diretora da Anvisa Cristiane Gomes explicou que a data protocolada nos testes foi fornecida pelo próprio fabricante, o laboratório coreano Seegene. Ela acrescentou que a agência não avaliou a validade desses testes, porque eles não foram registrados no Brasil. Nesse caso, especificamente, foram adquiridos e distribuídos de forma emergencial, por causa da crise sanitária gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Cristiane ressaltou ainda que nenhum pedido de extensão de validade dos testes foi recebido pela Anvisa até o momento.

De acordo com técnicos do Ministério da Saúde, caso o pedido de extensão de validade seja aprovado, os testes ganharão um fôlego de mais quatro meses para serem utilizados. Agora, a Comissão Externa da Câmara dos Deputados deve se reunir no próximo dia 9 de dezembro para saber o destino que foi dado aos kits de testagem.

Os testes em questão são os do tipo RT-PCR que utilizam o swab – uma espécie de cotonete com hastes prolongadas para coletar o material de análise nas cavidades nasais e na garganta. Ao todo, foram comprados mais de 23 milhões de testes desse tipo pelo Ministério da Saúde. Desses, quase 16 milhões já foram repassados ao Ministério da Saúde, que faz a distribuição aos estados e municípios de acordo com a demanda de cada um.

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