Covid: imunização terá assinatura de termo e mais grupos prioritários
O governo lançou nesta quarta-feira o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. Ainda não há uma data estabelecida para o início da campanha de vacinação, mas o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que se for possível manter o planejado, do Butantan e a Fiocruz apresentarem as documentações ainda em dezembro, o mês de janeiro será de análise da Anvisa e, possivelmente, em meados de fevereiro, o SUS estará com as vacinas registradas para iniciar o plano.
O ministro afirmou ainda que se a Anvisa liberar o uso emergencial de alguma vacina, nesse caso, a pessoa a ser imunizada deve assinar um termo de responsabilidade. Mas isso somente no caso de uso emergencial. Se o imunizante for registrado pela agência isso não será necessário.
Na cerimônia de lançamento do plano, o presidente Jair Bolsonaro confirmou, para ainda esta semana, a destinação de recursos para a compra de vacinas.
Segundo o presidente, o momento é de união entre todos os entes da federação e que se em algum momento houve excessos, foi na busca de soluções para os problemas. Ele agradeceu também senadores e deputados que se esforçaram em votar projetos urgentes na busca de recursos durante a pandemia.
Já o ministro Pazuello destacou o papel da Anvisa e do Programa Nacional de imunização do Brasil. Para ele, corre muita desinformação, mas é preciso que a população tenha orgulho da agência reguladora.
Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Anvisa, etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.
O plano apresentado nesta quarta-feira pelo secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, possui dez eixos, que incluem descrições sobre a população-alvo para a vacinação; sobre as vacinas já adquiridas pelo governo e as que estão em processo de pesquisa; a operacionalização da imunização; o esquema logístico de distribuição das vacinas pelo país; e as estratégias de comunicação para uma campanha nacional.
O Plano Nacional prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, o que vai demandar mais de 108 milhões de doses de vacina.
O primeiro grupo prioritário a ser vacinado na fase 1 é formado por trabalhadores da saúde, pessoas de acima de 75 anos e indígenas com idade acima de 18 anos. A fase 2 é formada por pessoas de 60 a 74 anos.
Na fase 3, a previsão é vacinar mais de 12 milhões de pessoas acima dos 18 anos que tenham alguma comorbidade, como hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal ou cardiovascular, entre outras.
Na fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
O plano cita ainda novos grupos prioritários, como pessoas privadas de liberdade, trabalhadores do transporte e quilombolas.
Mas os grupos previstos são preliminares e poderão ser alterados.
A logística, segundo o ministro Pazuello, está planejada e estruturada e será feita com o apoio de companhias aéreas, e com o Ministério da Defesa.