logo Radioagência Nacional
Saúde

"Seria difícil enfrentar a pandemia sem o SUS", diz ministro da Saúde

Declaração foi feita em reunião de conselhos de secretários da área
Baixar
Victor Ribeiro
09/12/2020 - 22:16
Brasília

Os conselhos nacionais que representam os secretários estaduais e municipais de saúde fazem esta semana um seminário virtual sobre o protagonismo do Sistema Único de Saúde no enfrentamento da pandemia.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou da mesa de abertura nessa quarta-feira, e destacou a relevância do SUS.

Um dos palestrantes falou sobre a terceira onda da pandemia, que não se relaciona diretamente à Covid-19, mas ao comportamento da população, que adiou ou interrompeu exames ou tratamentos de saúde. Ou seja, o medo de pegar a Covid-19 pode fazer com que, nos próximos meses, parte da população desenvolva outras doenças, por falta de tratamento ou diagnóstico.

Pazuello pediu que tanto estados quanto municípios, utilizem corretamente os recursos repassados pelo ministério, para que o combate a essas ondas seja mais efetivo.

De acordo com pesquisadores, o Brasil e outros países enfrentam a segunda onda de contaminações. Se, na primeira onda, a Covid-19 atingiu com força a população idosa, nesta segunda tem se espalhado entre os mais jovens, que têm saído de casa para trabalhar ou se divertir. Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas mostrou que jovens e idosos têm a mesma chance de se contaminar. A diferença é que os mais velhos são mais vulneráveis a desenvolver a forma grave da doença.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, comentou que esta segunda onda pode provocar menos mortes que a primeira.

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, depois que apresentar quedas durante os meses de setembro e outubro, os números de casos novos e de mortes causadas pela pandemia no Brasil voltou a subir no mês passado.

Os dados mais recentes indicam que na semana de 22 a 28 de novembro o país registrou mais de 237 mil novos casos e 3.572 mortes. Com isso, o número de mortes por semana voltou ao patamar de setembro e o de casos confirmados é o maior desde agosto.

x