Superfungo encontrado em cateter não contaminou paciente
O superfungo encontrado em um cateter usado em um homem de 59 anos que estava internado em Salvador não contaminou o paciente, que já teve alta.
A informação é da assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde da Bahia, que não informou o dia em que ele deixou o hospital.
Esta semana, a Anvisa confirmou o caso como a primeira circulação identificada no Brasil do fungo Candida auris, após análise do sequenciamento genético realizada pelo Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina.
Esse fungo pode causar infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas que podem ser fatais, principalmente em pacientes imunocomprometidos ou com comorbidades.
Diferente de outros fungos, ele pode ser transmitido de pessoa para pessoa ou pelo contato com superfícies contaminadas.
O C. auris foi detectado na sexta-feira passada no cateter de um paciente de 59 anos internado em um hospital privado da capital baiana. O cateter é aquele tubo onde fica a agulha injetada na veia.
O infectologista Antônio Bandeira, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia, informou as medidas adotadas para evitar a propagação do fungo.
Segundo a Agência de Vigilância brasileira, A Candida auris representa uma grave ameaça à saúde global, pois algumas de suas variações podem apresentar resistência aos medicamentos comumente utilizados para tratar infecções.
O fungo Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009, no ouvido de uma paciente no Japão. Depois, pesquisadores identificaram a contaminação em 11 países, entre eles Venezuela, Colômbia, Estados Unidos e Espanha.