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Saúde

Anemia em crianças com menos de 5 anos caiu pela metade em 13 anos

Doença recusou de 20,9% em 2006 para 10% em 2019, segundo pesquisa
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Renata Martins
13/01/2021 - 15:34
Brasília

O número de crianças de até cinco anos de idade com anemia diminuiu pela metade nos últimos 13 anos.

A falta de ferro no sangue causa fadiga, pode atrapalhar o crescimento e desenvolvimento e deixa a criança mais exposta a doenças infecciosas.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, Enani, foi realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro a pedido do Ministério da Saúde.

A doença recuou de 20,9% em 2006 para 10% em 2019. Segundo a pesquisa, a anemia é mais comum em bebês de seis a 23 meses de vida.

O levantamento também mapeou outros indicadores nutricionais. A carência de vitamina A apareceu em apenas 6% dos casos estudados, representando uma redução de 65,5% se comparado aos resultados de 13 anos atrás.

Paula dos Santos Leffa, consultora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, avalia o resultado da pesquisa.

Anemia por deficiência de ferro está diretamente ligada aos hábitos alimentares das crianças.

Andrea Magalhães, do Distrito Federal, tomou um susto ao descobrir a anemia da filha de 4 anos, no ano passado. A origem do problema estava na alimentação.

A nutricionista Lívia Batista afirma que muitos pais permitem que as crianças substituam o arroz, feijão e verduras por biscoitos, sanduiches e outras guloseimas. Lívia trabalha no hospital infantil da rede pública Albert Sabin, em Fortaleza. A nutricionista alerta que a doença também está relacionada à pobreza.

Para prevenir a doença é importante consumir alimentos ricos em ferro, como carnes, feijão e folhas verdes escuras, como brócolis.

De acordo com o estudo encomendado pelo Ministério da Saúde, o Sudeste foi a região que teve a maior redução de prevalência de anemia nas crianças, mais de 14%; e o Centro-Oeste, a menor: 1,6%.

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