Entidades lançam carta em defesa de vacina contra Covid-19 no SUS
Enquanto uma missão brasileira foi à Índia negociar a compra de vacinas contra a Covid-19 para serem vendidas em clínicas particulares, a Frente pela Vida lançou, nessa terça-feira, uma carta com o título “Vacinar no SUS é um direito de todas e todos e um dever do Estado”. A frente é um grupo de entidades de classe que representam profissionais de saúde e diferentes setores da sociedade.
Entre as entidades que assinaram a carta está o Conselho Nacional de Saúde, um colegiado formado por representantes da sociedade, dos trabalhadores da saúde e do Ministério da Saúde.
O médico Neilton Oliveira, que representa o Ministério da Saúde no Conselho Nacional, comentou que, na situação atual, somente o SUS tem condição técnica de fazer a vacinação de maneira adequada. Isso porque o Brasil deve aplicar pelo menos dois tipos de vacina, cada uma com duas doses.
De acordo com ele, o monitoramento da imunização precisa ser intenso, semelhante ao que já é feito no combate à tuberculose, para garantir que as pessoas façam o tratamento completo.
A carta da Frente pela Vida afirma que “é moralmente inaceitável que a capacidade de pagar seja critério para acesso preferencial à vacinação contra a Covid-19. Caso isso ocorra, uma fila com base em riscos de se infectar, adoecer e morrer será desmontada.” Essa fila são exatamente os grupos prioritários definidos pelo Plano de Operacionalização da Vacinação, apresentado em dezembro pelo Ministério da Saúde.
Neilton Oliveira destacou que, nesse momento, o combate à Covid-19 é tão complexo, que precisa ser feito pelo SUS. Mas não descartou a possibilidade de, no futuro, a vacinação ocorrer também na rede particular.
Desde segunda-feira um grupo de representantes da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas está na Índia para conhecer a fábrica da Bharat Biotech. A empresa desenvolve a vacina contra a Covid-19 conhecida como Covaxin.
A meta da associação é comprar 5 milhões de doses da vacina e conseguir a aprovação dela na Anvisa para vender em clínicas privadas aqui no Brasil. Seria uma alternativa à vacinação pelo Sistema Único de Saúde. No entanto, o Plano de Operacionalização da Vacinação prevê a vacinação exclusivamente na rede do SUS.
Na segunda-feira solicitamos entrevista com a associação, mas não obtivemos resposta. Nessa terça, tentamos novamente contato, mas ninguém atendeu as ligações.
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