Governo federal vai comprar 100 milhões de doses da CoronaVac
O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta quinta-feira que fechou contrato com o Instituto Butantan para a compra de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac.
O secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, explicou que o contrato com o Butantan prevê a compra de 46 milhões de doses até abril. O restante, 54 milhões de doses, ainda depende de orçamento.
O valor de cada dose ficou em cerca de US$ 10 dólares, o equivalente a R$ 58.
Segundo Pazuello, todas as doses da vacina que estão no Butantan agora vão ser incorporadas ao Plano Nacional de Imunização.
O ministro não chegou a apresentar um plano de vacinação para o país, mas manteve a data de 20 de janeiro como a previsão mais otimista para o início, e março como o cenário mais tardio.
Hoje, o Instituto Butantan tem prontas para o uso 10,8 milhões de doses da vacina CoronaVac. Para garantir a imunidade, são necessárias duas doses da vacina.
Nessa quarta-feira, o governo de São Paulo já tinha apresentado um plano de vacinação dos grupos prioritários no estado - idosos acima de 60 anos, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. E, até quarta, a previsão é de que seriam necessárias 18 milhões de doses só para o estado de São Paulo, com as primeiras vacinas sendo aplicadas no dia 25 de janeiro de forma escalonada, terminando a última etapa no dia 28 de março.
Nós entramos em contato com a Secretaria de Saúde do estado para saber se o calendário estadual vai ser mantido. Por enquanto, a informação é de que a pasta está avaliando o cenário, mas ainda não tem uma posição sobre o assunto.
Em uma entrevista para a Globonews, o governador de São Paulo, João Doria, disse que o contrato ainda está sendo elaborado.
O anúncio do Ministério da Saúde foi feito menos de três horas depois do Butantan anunciar que a CoronaVac alcançou uma eficácia de 78% na prevenção da Covid-19 e conseguiu evitar 100% dos casos mais graves da doença.
*Reportagem atualizada às 20h39 para inclusão de informações.
