Ocupação de UTIs para Covid superou 80% em 9 capitais, segundo Fiocruz
A ocupação dos leitos de terapia intensiva para paciente com coronavírus na rede pública terminou 2020 e começou 2021 acima de 80% em nove capitais brasileiras.
O percentual é considerado crítico pela Fundação Oswaldo Cruz, que fez o levantamento em Manaus, Boa Vista, Macapá, Belém, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba e Campo Grande e Rio de Janeiro.
De acordo com o boletim especial divulgado pelo Observatório Covid-19, da Fiocruz, quando analisada a ocupação de UTIs por estado, o registro de maior incidência de casos por 100 mil habitantes ao longo do ano passado teve maior peso em Roraima, Amapá, Tocantins e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Quanto ao número de mortes por 100 mil habitantes, as taxas foram mais altas no Amazonas, em Roraima, no Pará, Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal.
No caso da cidade do Rio de Janeiro, os dados referentes ao período de 21 de dezembro a 4 de janeiro indicam que a ocupação em UTI-Covid chegou 99,8%. E os últimos dados anunciados no início da tarde desta sexta-feira foram ainda mais preocupantes. De acordo com o sistema de consulta online da prefeitura carioca, não havia mais vagas em leitos exclusivos de tratamento intensivo para pacientes com o novo coronavírus.
No sistema ficam disponíveis informações sobre leitos livres, ocupados, impedidos e cedidos. Na plataforma, a indicação no início da tarde, também desta sexta, era de que os 581 leitos de Covid-19 estavam ocupados.
A reportagem tentou contato com a Secretaria municipal de Saúde para confirmar o esgotamento de vagas, mas não teve retorno.