STF dá 5 dias para farmacêutica entregar informações sobre Sputnik V
A empresa União Química, que representa no Brasil a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, tem 5 dias para apresentar informações sobre a documentação dos testes em voluntários brasileiros e sobre o pedido de uso emergencial feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão é do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, relator de uma ação do governo da Bahia que pede liberação da Justiça para comprar doses do imunizante.
De acordo com o Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, apresentado no fim do ano passado pelo Ministério da Saúde, somente o governo federal pode conduzir campanhas de vacinação.
O primeiro pedido de uso da Sputnik V para testes de fase 3 em brasileiros foi feito há um mês, mas a Anvisa devolveu a documentação, porque faltavam informações consideradas importantes, como a da eficácia da vacina. Desde então, os representantes da União Química têm se reunido com a Anvisa para tentar resolver a situação. O último encontro foi na noite dessa segunda-feira (25).
Lewandowski também questionou sobre a capacidade de produção da Sputnik V no Brasil. Na semana passada, a União Química informou que já fabricou 10 milhões de doses, para as quais pretende solicitar uso emergencial, e que até o fim do ano produziria mais 150 milhões de doses.
Procuramos a farmacêutica para solicitar manifestação sobre os pedidos do ministro do Supremo, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos retorno.