A exemplo do que vem acontecendo em diferentes pontos do país, o Rio também tem motivos para se preocupar com os estoques do chamado kit intubação. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, admitiu nesta sexta-feira (16) a limitação na quantidade dos insumos utilizados para realizar o procedimento que visa preservar a respiração de pacientes com covid-19. De acordo com ele, o estoque só é suficiente para três dias.
Durante a apresentação do 15º boletim epidemiológico, Soranz disse que os hospitais da rede pública possuem medicamentos sedativos e neuromusculares apenas até segunda-feira.
O secretário informou que, até mesmo sedativos antes reservados para clínicas veterinárias, estão sendo remanejados para os hospitais. Ele também lembrou que as cirurgias eletivas na capital fluminense foram suspensas para que esses insumos sejam usados prioritariamente em pacientes que precisam de intubação.
A baixa no estoque e o risco de desabastecimento do kit intubação motivaram a Defensoria Pública do Rio de Janeiro a entrar com uma ação contra o estado. O órgão cobrou medidas para garantir as medicações, indispensáveis para os pacientes com formas mais grave de covid-19. Entre as medidas, a elaboração de um cronograma para a regularização dos estoques, de forma a permitir o planejamento das unidades de saúde quanto à assistência prestada.