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Saúde

Butantan se manifesta após Anvisa negar uso da Coronavac em crianças

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Victor Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
20/08/2021 - 08:49
Brasília

O Instituto Butantan se manifestou sobre a decisão da diretoria colegiada da Anvisa, que negou o pedido para que o uso emergencial da Coronavac pudesse ser feito na população a partir de três anos de idade. Na reunião extraordinária que ocorreu nessa quarta-feira, os diretores da agência reguladora avaliaram que, a partir das informações do Butantan, não era possível chegar a uma conclusão sobre a eficácia e a segurança da vacinação de crianças.

O Butantan informou que mantém um canal de diálogo aberto com a Anvisa e que, do ponto de vista do instituto, todos os dados fornecidos já seriam satisfatórios para começar a vacinação de crianças e adolescentes. E se comprometeu a apresentar o quanto antes as demais informações exigidas pela Anvisa.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu entrevista nessa quinta-feira ao programa “A Voz do Brasil” e comentou que, neste momento, a prioridade é concluir a vacinação dos grupos prioritários.

Na mesma reunião, a agência reguladora recomendou a aplicação da terceira dose da Coronavac, como uma dose de reforço. Mas a decisão final cabe ao Programa Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Butantan, a farmacêutica Sinovac, que desenvolve a vacina, fez um estudo sobre essa dose extra. E concluiu que, no público a partir de 18 anos, sem comorbidades, a resposta imunológica aumentou bastante com o uso de uma terceira dose aplicada com intervalo de 28 dias a 8 meses em relação à segunda dose.

Foi a primeira vez que a Anvisa recomendou uma dose de reforço, além das já previstas.

O ministro Marcelo Queiroga disse que ainda é cedo para falar sobre terceira dose, mas afirmou que é uma possibilidade.

Nessa quinta, a equipe da Anvisa se reuniu com representantes do laboratório Pfizer. O objetivo foi pedir informações sobre o uso da terceira dose desse imunizante. O laboratório conduz uma pesquisa sobre a dose de reforço e se comprometeu a se reunir regularmente com a agência reguladora, para compartilhar informações sobre esse estudo.

No caso da vacina da Pfizer, a Anvisa vai aguardar a chegada de mais informações para decidir se recomenda ou não o uso de uma terceira dose.

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