Os casos de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro seguem em tendência de alta e apesar da média móvel de mortes se manter estável nas últimas semanas, o prefeito Eduardo Paes admitiu nesta sexta-feira (13) que o cenário é muito preocupante.
O boletim epidemiológico divulgado nesta sexta mostra que o número de atendimentos de urgência e emergência nas unidades de saúde da prefeitura aumentou na última semana, depois de dois meses e meio em queda e, segundo Paes, não há garantia de que esses casos que estão sendo registrados evoluam para óbitos, já que metade deles são da variante Delta, a mais transmissível.
O prefeito definiu a cidade como epicentro da covid-19 no país, por causa dessa variante. Ele prorrogou as medidas restritivas em vigor na cidade, pediu a colaboração da população e reiterou que a vacina é fundamental para conter o aumento da doença.
Paes voltou a pedir mais empenho do governo federal na distribuição das vacinas e comparou a situação sanitária no país com um cenário de guerra.
O calendário de vacinação no Rio ficou suspenso por dois dias nesta semana por falta de vacinas e, segundo o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, as doses entregues pelo Ministério da Saúde só são suficientes para imunizar os jovens de 24 anos nesta sexta-feira e os de 23 no sábado (14).
Soranz afirmou que para a próxima semana são necessárias mais 460 mil doses para finalizar o calendário para quem tem até 18 anos com a primeira dose e aplicar a segunda naqueles que já receberam a primeira. Segundo ele, a expectativa é receber as doses do Ministério da Saúde até domingo (15).