Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o ministro Marcelo Queiroga disse que o Ministério da Saúde mudou o critério na distribuição de doses para equilibrar o nível de vacinação entre os estados. Não houve prejuízo.
Segundo o ministro, as decisões sobre o Programa Nacional de Imunizações são tomadas com base em evidências científicas. E destacou a importância de estados e municípios seguirem as orientações do PNI para garantir a distribuição adequada das vacinas.
O Secretário-Executivo do Ministério, Rodrigo Cruz, explicou que o Programa Nacional de Imunizações contra covid-19 começou com foco nos grupos prioritários. O que fez com que alguns estados recebessem mais doses do que outros.
Com o avanço da vacinação, o ministério viu a necessidade de ajustar essa distribuição para que os estados que estão mais atrasados alcancem aqueles que estão mais à frente.
Para isso, o ministério passou a avaliar a população adulta e a quantidade de imunizantes que cada estado recebeu no cálculo para entrega de vacinas para primeira dose.
Rodrigo Cruz disse que a decisão foi tomada junto com os Conselhos dos Secretários Estaduais e Municipais de Saúde.
Sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que acolheu parcialmente o pedido do governo de São Paulo para o envio de mais doses de vacina, o ministro Marcelo Queiroga reforçou que a decisão trata da segunda aplicação e que o ministério não deve doses da Pfizer para São Paulo.
O ministro informou que a pasta avalia reduzir o intervalo entre as aplicações da vacina da Pfizer depois que terminar a imunização da população com a primeira dose, o que deve acontecer em setembro.
Quanto à aplicação de uma terceira dose, Queiroga disse que há uma discussão sobre o tema, mas que ainda não existem evidências científicas suficientes.