O câncer de pele é o tumor de maior incidência no Brasil, com cerca de 185 mil novos casos ao ano. A boa noticia é que quando descoberto no início tem mais de 90% de chance de cura.
Dados apresentados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, no entanto, apontam uma realidade preocupante para os esforços de prevenção e combate ao câncer de pele no país. A Análise nacional indica que, de forma geral, os serviços de combate e prevenção ao câncer de pele foram comprometidos pela pandemia de Covid-19.
Estima-se que, ao longo de 2020, mais de 17 mil diagnósticos relacionados ao câncer de pele deixaram de ser realizados em todo o país, o que significa uma queda de aproximadamente 25% em comparação a 2019. Só no Rio de Janeiro, no momento mais crítico da pandemia de Covid-19, foram realizados 522 diagnósticos a menos do que no ano anterior
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a retração é por conta do medo de contaminação pelo coronavírus em ambientes ambulatoriais ou hospitalares.
A divulgação desses números coincide com o início da campanha Dezembro Laranja, promovida desde 2015 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e que serve de alerta e reforça, junto à população, sobre os cuidados em relação à doença.
Especialistas afirmam que pessoas de pele clara, com pintas e manchas, e idosos, estão mais propensas a desenvolver a doença. O dermatologista Guilherme Gadens, do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca que a exposição excessiva ao sol também pode desencadear câncer de pele.
Este ano, com o slogan Adicione mais fator de proteção ao seu verão, a campanha Dezembro Laranja chama a atenção dos brasileiros sobre a necessidade de conjugar a prevenção à covid-19 com os cuidados na prevenção, diagnóstico e tratamento precoces de outras doenças.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia ressalta que é preciso fazer tudo para deixar o coronavírus bem longe, mas sem esquecer que além dele é preciso cuidar de outros aspectos de nossa saúde, como o câncer de pele.
