No Rio de Janeiro, o surto de gripe tem revelado um outro problema recorrente, já conhecido da população fluminense: emergências superlotadas de pessoas em busca de tratamento, e atendimento demorado em algumas Unidades de Saúde.
Em Duque de Caxias, na baixada fluminense, foi registrado um aumento de 300% nos atendimentos da rede municipal de Saúde. Na Região Serrana, também foi identificada uma procura maior nos postos, a exemplo das cidades de Petrópolis e Nova Friburgo.
Na capital fluminense, onde foram registrados os primeiros casos de síndrome gripal pelo vírus Influenza A, na comunidade da Rocinha, na zona Sul carioca, a situação não é diferente. Em três semanas, a capital registrou mais de 21 mil casos de gripe, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Para especialistas, a baixa cobertura vacinal contra a gripe, nos dois anos de pandemia de coronavírus, fez com que a doença ganhasse espaço. Agora, com a circulação do vírus da gripe, o que se vê são pessoas relatando sinais de febre, dor no corpo, cenas que se tornaram comuns nos últimos dias.
Para atender a demanda da população que busca atendimento, o governo do estado instalou na capital fluminense, tendas para o atendimento de casos leves de gripe, ao lado das UPAs, Unidades de Pronto Atendimento, de Marechal Hermes, Tijuca, Botafogo e do Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
Diante do aumento de casos da doença, muitas pessoas procuraram postos de saúde para se imunizar. Com isso, o município tem enfrentado também falta de doses da vacina e decidiu, na última sexta-feira, suspender a imunização até que cheguem novos lotes.