Pesquisa realizada no Departamento de Biofísica e Farmacologia da Universidade Estadual Paulista aponta novos alvos que podem levar ao desenvolvimento de um anticoncepcional masculino.
Atualmente, só existem dois métodos de contracepção masculina disponíveis: o preservativo e a vasectomia, procedimento cirúrgico que dificilmente pode ser revertido, caso o homem volte atrás e decida ter filhos.
Responsável pela pesquisa, o professor Erick José Ramo da Silva explica que o estudo, que está em fase pré-clínica, foca na proteína Eppin, que regula a capacidade de movimentação do espermatozoide.
Quando o espermatozoide sai do corpo do homem, após a ejaculação, ele está banhado num fluido que é o sêmen. Até a ejaculação, o espermatozoide não nada, apesar de já ter as condições para isso, como explica o professor Ramo da Silva.
Ramo da Silva destaca que o possível desenvolvimento de medicamento que possa controlar a fertilidade masculina é um grande feito aguardado pela ciência moderna.
O estudo da Unesp foi publicado na revista científica Molecular Human Reproduction. De acordo com o pesquisador, estimativas mostram que um novo contraceptivo masculino poderia reduzir entre 15 a 20% as taxas de gestação não planejadas.