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Saúde

Pandemia levou a diminuição de exames para o glaucoma

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Daniella Longuinho* - Repórter da Rádio Nacional
09/03/2022 - 19:59
Brasília

A pandemia da covid-19 ainda continua afastando pacientes dos consultórios médicos, o que prejudica o diagnóstico precoce e o tratamento de doenças como o glaucoma. Provocado pela elevação da pressão ocular, o glaucoma ataca o nervo do olho e, se não tratado adequadamente, pode levar à cegueira.

Para reduzir problemas causados pela doença, a Associação Mundial de Glaucoma divulgou um guia com orientações a serem seguidas durante a pandemia.

Membro do comitê para pacientes da Associação Mundial de Glaucoma, o médico oftalmologista Lisandro Sakata faz o alerta sobre a necessidade de consultas.

A doença é silenciosa e aparece com mais frequência em idosos. E quem tem casos na família, deve ficar atento: pessoas que têm parente de primeiro grau com glaucoma tem até oito vezes mais chances de ter a doença. Esse foi o caso de Joaquim Ferreira da Silva, de 73 anos, que descobriu o glaucoma durante uma visita de rotina ao médico.

Como o Joaquim relata, o tratamento é simples: basta usar colírios diariamente para controlar a pressão do olho e fazer consultas periódicas. O médico Lisandro Sakata explica como a doença, se não cuidada, afeta o olho.

Para o paciente com glaucoma que pegar a covid-19, o médico Lisandro Sakata explica que o tratamento deve ser realizado conforme recomendação médica, o que pode incluir corticóides. A recomendação, no entanto, é buscar avaliação do oftalmologista após o uso desse tipo de medicação.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020, o número de exames realizados pelo SUS para diagnóstico de glaucoma teve queda de 27% na comparação com 2019. Já em 2021, o patamar voltou ao nível de antes da pandemia, com quase 6 milhões de exames para identificação da doença.

*Com informações da Agência Brasil e produção de Renato Lima

 

 


Raquel Mariano Rodrigues

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