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Saúde

Vacinação infantil no Rio de Janeiro atinge menor patamar desde 2002

Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) teve queda de 40%
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Tatiana Alves - Repórter da Rádio Nacional
25/03/2022 - 18:30
Rio de Janeiro
Crianças são imunizadas na tenda de vacinação instalada na Quinta da Boa Vista para a campanha contra a poliomielite e o sarampo, prorrogada até o dia 22/09 no estado do Rio de Janeiro.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

A cobertura vacinal infantil em todo o estado do Rio de Janeiro registrou queda significativa nos últimos cinco anos. De acordo com levantamento da Gerência de Imunizações da Secretaria de Saúde, divulgado nesta sexta-feira, os índices são os menores desde 2002. A exceção fica por conta da vacina BCG, aplicada nos bebês nas maternidades.

O estudo apontou que o maior impacto nos números foi em 2020, em consequência da pandemia da covid-19. A necessidade do isolamento social acabou dificultando o acesso aos postos de vacinação. Conforme o levantamento, naquele ano, cerca de 40% dos bebês do estado deixaram de ser imunizados.

O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, alerta que muitas doenças graves podem ser evitadas com a vacinação das crianças.

A vacina tríplice viral - que imuniza contra o sarampo, caxumba e rubéola - foi uma das que sofreram maior redução na procura.  Quando comparados os anos de 2017 e 2021, que registraram coberturas de 94,29% e 55,97%, respectivamente, houve expressiva queda de 40%.

E esses números se refletem na ocorrência dessas doenças. Em relação ao sarampo, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2020, o Rio de Janeiro registrou 1.302 casos, um aumento de 147% em relação a 2019.   Naquele ano, foram anotados 526 registros da doença.

A cobertura vacinal recuou também para a poliomielite. A queda na aplicação da primeira dose da vacina chegou a 41%, na mesma comparação. Em 2017, era de 88,76% e, em 2021, despencou para 52,26%.

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