Vacinação infantil no Rio de Janeiro atinge menor patamar desde 2002
A cobertura vacinal infantil em todo o estado do Rio de Janeiro registrou queda significativa nos últimos cinco anos. De acordo com levantamento da Gerência de Imunizações da Secretaria de Saúde, divulgado nesta sexta-feira, os índices são os menores desde 2002. A exceção fica por conta da vacina BCG, aplicada nos bebês nas maternidades.
O estudo apontou que o maior impacto nos números foi em 2020, em consequência da pandemia da covid-19. A necessidade do isolamento social acabou dificultando o acesso aos postos de vacinação. Conforme o levantamento, naquele ano, cerca de 40% dos bebês do estado deixaram de ser imunizados.
O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, alerta que muitas doenças graves podem ser evitadas com a vacinação das crianças.
A vacina tríplice viral - que imuniza contra o sarampo, caxumba e rubéola - foi uma das que sofreram maior redução na procura. Quando comparados os anos de 2017 e 2021, que registraram coberturas de 94,29% e 55,97%, respectivamente, houve expressiva queda de 40%.
E esses números se refletem na ocorrência dessas doenças. Em relação ao sarampo, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2020, o Rio de Janeiro registrou 1.302 casos, um aumento de 147% em relação a 2019. Naquele ano, foram anotados 526 registros da doença.
A cobertura vacinal recuou também para a poliomielite. A queda na aplicação da primeira dose da vacina chegou a 41%, na mesma comparação. Em 2017, era de 88,76% e, em 2021, despencou para 52,26%.