Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz aponta crescimento no país no número de casos de Covid-19 pela subvariante BA.2, da Ômicron. O Boletim da Rede Genômica Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (08), também mostra que a cepa Ômicron já substituiu completamente a Delta, aqui no Brasil, e que agora domina completamente o cenário epidemiológico da doença.
Em fevereiro, a BA.2 representava 1,1% dos casos de Covid. Em março, essa proporção subiu para quase 3,5% dos registros sequenciados.
A Fiocruz avalia que esse crescimento é uma tendência já verificada em alguns países da Europa e nos Estados Unidos.
Antes, a variante mais comum era a BA.1, que surpreendeu especialistas em todo o mundo por seu alto nível de transmissibilidade. Dados apresentados recentemente pela Organização Mundial da Saúde mostram que a nova subvariante representa quase 86% das notificações sequenciadas em todo o planeta.
A Rede Genômica Fiocruz, que reúne especialistas empenhados em acompanhar o comportamento do vírus e contribuir para um melhor enfrentamento da pandemia em termos de diagnóstico mais precisos, tem desenvolvido, em parceria com os serviços de vigilância regionais, estratégias para o rastreio de casos relacionados a potenciais escapes vacinais. A Rede atua, ainda, no monitoramento de outros vírus respiratórios, como o da gripe influenza. A produção de genomas vem contribuindo para a escolha de cepas vacinais para o Hemisfério Sul.