A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais confirmou nessa terça-feira (13) o primeiro caso de morte por raiva humana em Minas desde 2012. O caso aconteceu no dia quatro de abril quando um menino indígena de doze anos morador da zona rural de Bertópolis, no Vale do Mucuri, morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento de Teófilo Otoni.
O menino teria sido mordido por um morcego há cerca de dez dias. Ele foi atendido com confusão mental, vômitos, dores pelo corpo e febre. E morreu horas depois.
Também é investigado outro possível caso de infecção em uma menina de doze anos, da mesma aldeia indígena do município de Bertópolis. A menina foi transferida para o infantil João Paulo 2º, em Belo Horizonte, na última quarta-feira, com os mesmos sintomas e também teria sido mordida por um morcego. O estado de saúde dela conforme a secretaria é estável. Material biológico foi coletado e enviado para exames específicos em laboratórios de referência para comprovar ou não a infecção pelo vírus da raiva.
Além disso, o Ministério da Saúde foi notificado e será feito uma busca ativa por pessoas que tiveram contato com o caso suspeito para atendimento médico preventivo.
Outras medidas são a notificação para vacinação antirrábica de cães e gatos na localidade de origem e divulgação na região para alertar a população sobre formas de transmissão e prevenção da raiva.
A secretaria orientou a população a procurar a unidade de saúde mais próxima para a avaliação da necessidade de adoção de medidas como vacinação e aplicação de soro, em caso de qualquer ocorrência envolvendo animais silvestres, sobretudo morcegos, bem como cães e gatos.
A raiva é infecciosa grave transmitida ao ser humano por animais infectados através da mordida, arranhões ou pela lambida. Nos seres humanos a doença não tem cura e a mortalidade é de quase 100%. A vacina antirrábica e humanos e animais é uma das formas de prevenção. Em Minas, o último caso de morte humana causada por raiva ocorreu em 2012 na cidade de Rio Casca, na região da Zona da Mata.